3.11.10



Andre Coelho Matos[1] (São Paulo14 de setembro de 1971) é um maestrocompositorarranjadororquestradorcantor lírico e popular (com tessitura vocal de tenor lírico leggero), multi-instrumentista (piano e teclado) e letrista brasileiro, em cujo currículo profissional ainda constam a experiência comoprofessor de técnica e interpretação vocais e inclusive um trabalho como ator melodramático.[2][3]
Ex-vocalista das bandas de symphonic power metal e heavy metal brasileiras ViperAngra e Shaman, das quais foi um dos fundadores e onde também atuava como um dos compositores, arranjadores, orquestradores, instrumentistas e letristas, está em carreira solo desde outubro de 2006.

Formação Musical

Músico de raízes eruditas, Andre Matos, no que concerne a seus estudos musicais, tem sólida formação acadêmica.
Ainda na infância, aos 10 anos de idade, Andre Matos iniciou em seus estudos musicais, frequentando aulas regulares de tamborim, e, a partir da adolescência, paralelamente, principiou-se por estudar samba-canção.
Ingressou na Faculdade de Artes Santa Marcelina (FASM), no curso superior de Música, mas, no último ano, pela qual graduou-se, como bacharel, tanto em Composição Musical quanto em Regência Orquestral; ademais, em seu currículo, ainda constam Habilitação tanto em Canto Lírico quanto em Piano Erudito.
A prática coral também fez-se chave-mestra em sua formação musical. Integrou, como coralista, o elenco de um sem-número de grupos corais profissionais, onde interpretou peças musicais do reperório erudito vocal.
Concluiu seus estudos de canto lírico junto ao professor de técnica e interpretação vocais Francisco Campos (titular da Universidade de São Paulo - USP), com quem estudou durante 6 anos consecutivos.

[editar]Carreira Profissional

Andre Matos já soma 25 anos de carreira, a contar a partir de 8 de Abril de 1985 (data de sua primeira apresentação ao vivo), subiu aos palcos pela primeira vez em sua vida ainda pré-adolescente, aos 13 anos de idade.
Além disso, ao longo destes 25 anos já integrou ou mesmo co-fundou três grupos musicais, além de um projeto musical paralelo; lançou mais de 20 álbuns, além de ter participado como convidado especial de outros lançamentos de várias bandas e artistas, tanto nacionais quanto internacionais; assinou a partitura de dezenas de peças musicais tanto do repertório do heavy metal quanto inclusive do erudito, bem como suas respectivas letras; estrelou rock e metal óperas; e se apresentou em concertos em quase todos os continentes do globo (exceto a África).

[editar]Heavy Metal

[editar]Viper

Andre Matos estreou em sua carreira profissional ainda pré-adolescente, em 1984, quando somava ainda apenas 13 anos de idade, ao ingressar, como vocalista, na banda de heavy metal Viper, uma das primeiras bandas brasileiras a alcançar sucesso internacional.[carece de fontes]
O artista, que até então tomara contato com a música através de instrumentos musicais de teclado, jamais pensara em cantar profissionalmente, menos ainda como solista; ao contrário, desde três anos antes, vinha frequentando aulas regulares de piano, a fim de tornar-se instrumentista. Contudo, pelo voto de seus parceiros de banda, foi eleito para assumir os microfones. Com a escalação de Andre como vocalista, o elenco do Viper estava fechado, enquanto quinteto, com os irmãos Pit e Yves Passarel, respectivamente como baixista e guitarrista, o também guitarrista Felipe Machado e, enfim, Cássio Audi, na bateria.
O ano seguinte, 1985, tratou-se de um divisor de águas na carreira profissional de Andre Matos: em 8 de abril, o artista, que à época ainda estava a 5 meses de completar 14 anos de idade, pisou, pela primeira vez em sua vida[carece de fontes], sobre um palco, quando do primeiro show de sua banda; e, ainda naquele ano, o Viper gravou sua primeira demoThe Killera Sword, lançada sob o formato de K7 e de sorte independente.
Cerca de dois anos após, em 1987, o Viper, assinando contrato com a gravadora Eldorado, estreou no mercado fonográfico, lançando seu primeiro álbum de estúdio, intitulado Soldiers of Sunrise. Das oito canções do repertório, Andre foi co-autor de três, através da parceria com os outros quatro integrantes do quinteto (a saber: "Nightmares"; "The Whipper"; e "Killera - Princess of Hell").
Dois anos depois, em 1989, o Viper grava sua segunda demo, "Viper 1989", e lança seu segundo álbum de estúdio, Theatre of Fate, pela mesma gravadora do primeiro. No álbum, foi publicada, como oitava e última faixa de seu repertório, a primeira canção escrita exclusivamente por Matos, "Moonlight" (da qual alguns excertos são inspirados no primeiro movimento da Sonata para Piano Opus 27 N° 2, "Sonata ao Luar" de Ludwig van Beethoven), aliás, publicada novamente, anos mais tarde, a partir de uma revisão assinada pelo próprio autor e sob o título de "A New Moonlight", como a décima faixa de Time to Be Free, primeiro álbum de estúdio do artista em sua carreira solo, lançado em 2007.
Andre Matos, a fim de aperfeiçoar-se enquanto musicista, desliga-se definitivamente do Viper, ingressando na Faculdade de Artes Santa Marcelina, pela qual, anos mais tarde, graduar-se-ia, como bacharel, tanto em Composição Musical quanto em Regência Orquestral.

[editar]Angra

Neste tempo em que esteve longe dos palcos, Andre terminou seus cursos na faculdade de música, e além de tenor lírico e pianista, ainda constam em seu currículo a habilitação em Regência Orquestral e Composição Musical.
Em 1991 estava formado o Angra, que lançou o seu primeiro álbum, Angels Cry, em 1993.
Andre teve inclusive seu nome sondado para ingressar no Iron Maiden no lugar de Bruce Dickinson e ficou em terceiro lugar na seleção Mundial.[carece de fontes]
Ainda no Angra, lança mais dois discos gravados em estúdio, Holy Land e Fireworks, um disco gravado ao vivo (Holy Live) além do EP Freedom Call e dos singles "Evil Warning" e "Lisbon".

[editar]Avantasia

Em 1999, Tobias Sammet, vocalista da banda alemã Edguy, criou um projeto chamado Avantasia e Andre foi convidado para participar como um personagem, o Elfo Elderane da saga. Sua voz aparece em várias músicas dos dois discos, sendo elas: "Inside", "Sign of the Cross", "Chalice of Agony", "The Tower", "No Return" e "The Seven Angels". Inclusive, Andre cantou em outras ocasiões com Tobias, como no DVD ao vivo do Shaman em São Paulo, cantando "Pride" e "Sign of the Cross".

[editar]Shaman

Em 2000, alegando divergências com membros da banda e problemas financeiros com o empresário e também editor da revista Rock Brigade, Antonio Pirani, resolve sair da banda, mas não sozinho: Andre leva consigo Luis Mariutti e Ricardo Confessori. Os três se juntam ao guitarrista Hugo Mariutti (irmão de Luis), e formam a banda Shaman, com a qual lança no ano de 2002 o CD Ritual. Mais tarde o nome da banda foi mudado de Shaman para Shaaman, para evitar possíveis problemas com direitos autorais com outras marcas.
Fora dos palcos desde abril de 2006, os integrantes vem passando por um período de férias após seis anos de trabalho com longas turnês. Em paralelo seus músicos não param e aproveitam essa pausa da banda nos mais variados projetos. Um deles é apresentado por Hugo Mariutti.

[editar]Aina

Em 2004, Sascha Paeth criou Aina, um metal ópera, que teve a participação de muitos músicos da cena heavy metal como Michael Kiske e Glenn Hughes, além do próprio Andre Matos. Porém, nesse projeto, Andre teve uma participação bem menor que no outro projeto de metal, o Avantasia.

[editar]Andre Matos e a Música Erudita

Andre Matos, quanto à sua obra, é autor também de peças musicais dentro do gênero erudito, tendo assinado a partitura de peças vocais escritas para coro, não-publicadas.

[editar]Situação atual

Em 14 de setembro de 2006, é lançado o site oficial do músico. Em outubro sai uma nota divulgada pelo baterista Ricardo Confessori sobre o fim do Shaman. Dias após, os demais músicos se pronunciam oficialmente através de uma carta aos fãs.[4]
No entanto, foi feita uma apresentação surpresa durante o evento Live N' Louder Rock Fest dia 14 de outubro de 2006 com os ex-integrantes do Saaman: Andre Matos, Hugo MariuttiLuis Mariutti eFábio Ribeiro, além do baterista Rafael Rosa (sendo o mesmo substituído logo após por Eloy Casagrande) e do guitarrista Andre Hernandes. Dias depois, é divulgado no site oficial de Andre Matos que essa banda é, de fato, o projeto solo do músico. Posteriormente, é colocada para download no site oficial do músico a faixa "Rio", primeiro single da nova banda. O festival Live 'N Louder é organizado por Paulo Baron, que já fora empresário do Shaman durante os discos Ritual e RituAlive, após o sucesso rápido[carece de fontes] o mesmo foi posto de lado pela banda, quando assinaram contrato com a gravadora Universal. Em 22 de Agosto (2007), Andre Matos lança seu disco Time to Be Free no japão e em 11 de dezembro (2007) é lançado no território brasileiro.
Segundo entrevista dada à revista Rock Brigade n° 26, de Fevereiro/Março de 2008, foi-lhe perguntado: "Como você encara essa empreitada? É um projeto, é uma banda com o seu nome, o que é?" Andre disse o seguinte: "Eu abomino a palavra projeto. Projeto é aquela coisa que dá idéia de um disco só..."
Dia 26 de Agosto (2009) Andre Matos lança seu segundo trabalho solo, intitulado Mentalize no japão, sendo lançado no Brasil pela gravadora Azul Music no dia 15 de Setembro (2009).

[editar]Discografia

[editar]Solo

[editar]Viper

[editar]Angra

[editar]Virgo (projeto em conjunto com Sascha Paeth)

[editar]Shaman/Shaaman

[editar]Outras participações

[editar]Integrantes da banda solo

[editar]Ligações externas

Notas

  1.  O prenome, "Andre", e o sobrenome "Matos", quanto à grafia, são grafados respectivamente sem acento agudo no 'e', mas pronunciado como oxítono, com o acento tônico na última sílaba - como em "André" -, e com um só 't'.
  2.  Ator melodramático trata-se de um intérprete concomitantemente dramático e vocal, é dizer, um ator e cantor, que se dedica à interpretação cênica, performática, de uma personagem masculina ou feminina, independente de protagonismo, de um melodrama. Este último, por sua vez, trata-se de uma forma musical específica, em que há a fusão de linguagens artísticas originariamente distintas - a saber: o texto literário sob a forma de drama, chamado cá de "libreto" (do italiano, "libretto": diminutivo de "livro", "livrinho"); a música; por vezes, a dança; e outras sortes de artes cênicas (como acenografia, o figurino e a produção de arte) - e formalmente estruturada, por herança herdada da ópera, em conjuntos de números episódicos (atos, cenas e quadros). Nesse sentido, ator melodramático, por definição, é todo aquele artista que interpreta, ao mesmo tempo, dramática e vocalmente um drama musical, seja uma ópera, seja um musical.
  3.  O trabalho como ator melodramático concerne especificamente à sua interpretação da personagem "Tommy", protagonista da opera rock homônima, de Pete Townshend, em uma montagem brasileira do musical realizada pelo Centro de Estudos Musicais Tom Jobim e apresentada em junho de 2006, no Memorial da América Latina.
  4.  Site oficial de Andre Matos.

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