Daquilo Que Se Esconde Nas Sombras
Sou a cria de tempos outros
Visceral, presa ao mundo por piedade
Rastejarei em meus restos nefastos
Nefandamente
Perfurando o crânio incógnito da escura cova
Escarrando com ódio por minha sina ardil
Num covil insólito onde busco a chuva
Por sua melancolia, sua sutileza fria
Que, nua, escancara à morte seus dentes afiados
Sem nunca reter no sangue o desejo de ver o dia
Outra vez
Em minhas veias um fervente escárnio
Pronto a descer por gargantas ávidas e quentes
Sou aquilo cujo corpo se acalenta na escuridão
De um coração negro, uma alma gritante
Aprisionado em meu corpo que morre, a cada segundo
No véu negro e translúcido da noite
Encontro caminhando minhas respostas
Que sempre agonizam em chamas inquisitórias
Por mais, sempre mais...
Sou a serpente que no deserto se esgueira
Afundando-se na areia cálida do próprio desespero
E implorando pela Luz que lhe fora negada,
Fez pactos com deuses corníferos
Em uma constante tempestade de iniqüidade
Contra os inimigos de sua divindade
Que no longínquo alvorecer de sua insanidade
Estão permeados pelo ódio incandescente
Bradando aos quatro ventos sua vingança póstuma
Para com as gerações vindouras da sedenta serpente
Sou a brisa gélida que espreita catacumbas
Vagando certeira, buscando moribundos
Que antes mesmo de se retirarem para as tumbas
Sentirão arder na carne a perdição de mil mundos!
E quando, tolos, acordarem para a verdade crua
Terão se perdido em minhas revoltas
Amargurando sua profunda solidão, pela rua
Rasgando seu Eu em pedaços, em torturas penosas
E quando, em tua hora última sentires a dor
Estarei lá, esperando por tua voz
Que sem esperança clamará ao ardor
Visceral, presa ao mundo por piedade
Rastejarei em meus restos nefastos
Nefandamente
Perfurando o crânio incógnito da escura cova
Escarrando com ódio por minha sina ardil
Num covil insólito onde busco a chuva
Por sua melancolia, sua sutileza fria
Que, nua, escancara à morte seus dentes afiados
Sem nunca reter no sangue o desejo de ver o dia
Outra vez
Em minhas veias um fervente escárnio
Pronto a descer por gargantas ávidas e quentes
Sou aquilo cujo corpo se acalenta na escuridão
De um coração negro, uma alma gritante
Aprisionado em meu corpo que morre, a cada segundo
No véu negro e translúcido da noite
Encontro caminhando minhas respostas
Que sempre agonizam em chamas inquisitórias
Por mais, sempre mais...
Sou a serpente que no deserto se esgueira
Afundando-se na areia cálida do próprio desespero
E implorando pela Luz que lhe fora negada,
Fez pactos com deuses corníferos
Em uma constante tempestade de iniqüidade
Contra os inimigos de sua divindade
Que no longínquo alvorecer de sua insanidade
Estão permeados pelo ódio incandescente
Bradando aos quatro ventos sua vingança póstuma
Para com as gerações vindouras da sedenta serpente
Sou a brisa gélida que espreita catacumbas
Vagando certeira, buscando moribundos
Que antes mesmo de se retirarem para as tumbas
Sentirão arder na carne a perdição de mil mundos!
E quando, tolos, acordarem para a verdade crua
Terão se perdido em minhas revoltas
Amargurando sua profunda solidão, pela rua
Rasgando seu Eu em pedaços, em torturas penosas
E quando, em tua hora última sentires a dor
Estarei lá, esperando por tua voz
Que sem esperança clamará ao ardor
Por piedade nas garras desse algoz!
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